Desde quando comecei a praticar yoga, a minha forma de praticar foi mudando e consequentemente as minhas aulas também acompanharam este processo de transformação e amadurecimento. O instrutor de yoga deve ser primeiro um praticante, aplicar o que aprende no seu corpo, aplicar os conceitos no seu dia a dia e somente depois ensinar. Este processo é constante e incessante o que acaba impactando na sua forma de trabalhar. É assim que eu venho transformando diariamente o meu olhar sobre o yoga e sobre o aluno. Cada vez que eu me deparo com uma dificuldade do aluno, automaticamente eu me lembro do quanto é desafiador pra mim praticar aquela técnica ou conceito. Este processo de empatia acontece o tempo todo e assim, o aprimoramento vai acontecendo dos dois lados, aluno e professor aprendem juntos. 

Uma das coisas que me encanta na prática do yoga é que o resultado no final da aula é renovador. A combinação das técnicas é poderosa para gerar um estado de bem estar e leveza. As posturas estimulam as glândulas endócrinas, o bom funcionamento dos órgãos internos, flexibilidade, força e consciência corporal. As técnicas respiratórias auxiliam no gerenciamento das emoções, redução do estresse e expansão da energia vital. As técnicas de relaxamento aliviam os nervos e acalmam a mente. E a meditação está presente em toda a prática. Ela é parte integrante do yoga, está em tudo.

Muitas pessoas confundem a prática do yoga com ginástica ou com algo místico e esquisito. Apesar de ainda haver desinformação e preconceito, estamos num momento em que cada vez mais pessoas transcendem essa barreira e se abrem para conhecer o que realmente o yoga tem a oferecer. Vivemos numa época em que o silêncio é raro e separar alguns momentos do dia para aquietar e se cuidar é cada vez mais importante. A agitação da vida moderna, o excesso de informações e estímulos nos afastou da nossa verdadeira essência e o yoga é um caminho para que você possa se conectar com ela. E é isso que eu busco diariamente ensinar aos meus alunos.